De acordo com dados registrados pelo Ministério da Saúde, em meados do ano de 2011, observou-se um aumento súbito do número de casos e, a partir da semana epidemiológica desse ano, ultrapassou o limite superior esperado ao se comparar com o período de 2006 a 2010. Em 2012, o número de casos permaneceu em níveis além do esperado, fenômeno ainda em investigação e registrado também em outros países. Vale ressaltar que, nos últimos anos, houve melhora do diagnóstico laboratorial com a introdução de técnicas biomoleculares.
No ano de 2013 foram notificados 21.260 casos suspeitos e, destes, 30% foram confirmados, dentre os quais 57% eram menores de um ano de idade, seguidos dos de um a quatro anos (19,3%) e, por último, de cinco a nove anos (9,2%). A incidência de coqueluche foi de 3,3/100.000 habitantes, ultrapassando a do ano de 2012 (2,8). Nesse ano, ocorreram 109 óbitos, todos menores de um ano de idade.
O crescimento do número de casos, até o momento, no Brasil, apresenta a distribuição etária clássica, ou seja, cerca de 70% dos casos ocorrem em menores de um ano de idade, sendo a maioria entre crianças menores de seis meses, fenômeno que também está sendo observada na Argentina, onde 13% dos casos estão na faixa etária de 01 a 04 anos.
É importante ressaltar que o aumento do número de casos não é observado em indivíduos escolares, adolescentes e adultos, todavia haja casos em quase todas as faixas etárias, que podem estar subestimados pelo fato de o diagnóstico ser bem mais complicado nos referidos grupos. |