A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu oficialmente, no último dia 9 de outubro, um posicionamento reconhecendo a relação entre o uso de bifosfonatos e osteonecroses mandibulares. Para quem trabalha com disfunção temporomandibular (DTM) é importante saber alguns casos de osteonecrose associada a bifosfonatos têm sido reportados em região de DTM.
De acordo com o informe “estudos recentes associam possíveis fatores de risco para fraturas femorais atípicas à utilização por longo prazo dos bisfosfonatos, bem como a possibilidade de ocorrência de osteonecrose mandibular relacionada ao uso dos mesmos. Em março desse ano, essa reação adversa foi citada no Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias de Saúde (BRATS, nº21, ano VII).”
Veja o informe da Anvisa na íntegra aqui:
Mas afinal, o que são os bifosfonatos?
Em farmacologia, bisfosfonatos (também chamados de diphosphonates) são uma classe de drogas que evitar a perda de massa óssea, usado para tratar a osteoporose e doenças similares.
Osso tem volume constante e é mantido em equilíbrio (homeostase) por osteoblastos criando óssea e osteoclastos óssea de digestão. Bifosfonatos inibem a digestão do osso por osteoclastos.
Osteoclastos também têm volume constante e destroem-se normalmente por apoptose, uma forma de suicídio de célula. Bifosfonatos incentivam osteoclastos para passar por apoptose.
Os usos de bisfosfonatos incluem a prevenção e tratamento da osteoporose, osteíte deformante ("doença de Paget do osso"), bone metástase (com ou sem hipercalcemia), mieloma múltiplo, hiperparatiroidismo primário, osteogênese imperfeita e outras condições dessa fragilidade óssea de recurso.
Bifosfonatos foram desenvolvidos no século XIX, mas foram investigados pela primeira vez na década de 1960 para uso em distúrbios do metabolismo ósseo.
Seu uso não-médico foi para suavizar a água em sistemas de irrigação de laranjais. A razão inicial para seu uso em seres humanos foi seu potencial na prevenção da dissolução de hidroxiapatita, mineral óssea principal, prendendo assim a perda óssea.
Só na década de 1990 foi seu real mecanismo de acção demonstrado com o lançamento inicial de Fosamax (alendronato) pela Merck.
Todas as drogas bifosfonato compartilham um comum P-C-P "espinha dorsal":
Os dois grupos de3 (Fosfonato) PO covalentemente ligados ao carbono determinam o nome 'bis ' phospho ' nate"e a função das drogas.
A longa ' side-chain cm determina as propriedades químicas, o modo de ação e a força de drogas bifosfonato. O curto ' side-chain', muitas vezes chamado 'gancho', principalmente influencia propriedades químicas e farmacocinética. |