Autor Victor Hugo Cardoso - 10/03/2015
TÍTULO COMO RECONHECER E LIDAR COM A XEROSTOMIA

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O seu paciente se queixa para você de boca seca constantemente? Tem dificuldade para engolir os alimentos? Seus lábios estão rachados? Se o seu paciente respondeu sim para estas perguntas, fique atento: ele (a) pode estar sofrendo de xerostomia, uma redução na produção de saliva que está relacionada a diversos fatores, como a menopausa, o uso de medicamentos (diuréticos, antidepressivos e remédios para hipertensão), o tabagismo e a radioterapia. A xerostomia também é sintoma de algumas doenças, como a Síndrome de S’Jögren (doença autoimune).

Todos podem ter a boca seca eventualmente, seja pelo uso de medicamentos ou pelo estresse, por exemplo. Para diagnosticar se há um problema mais sério, existem exames laboratoriais para verificação do fluxo salivar e qualidade da saliva. Podem ser pedidos ainda testes complementares, como a biópsia das glândulas salivares.

O tratamento para a xerostomia vai depender de sua causa. Se for associada a medicamentos, o ideal é tentar substituí-los, com a autorização do médico, é claro. Se a causa for a radioterapia, o envelhecimento, ou doenças sistêmicas, o dentista pode indicar o uso de “saliva artificial”, disponível no mercado ou para manipulação em farmácias. Há ainda medicamentos que aumentam a salivação.

Outra dica para estimular a produção de saliva é beber bastante água e usar chicletes sem açúcar. Evitar alimentos condimentados e ácidos, além de bebidas alcoólicas também pode ajudar a prevenir ou controlar o quadro.

Em todas as situações, as orientações ao paciente devem enfatizar a correta higiene bucal, uso de fio dental, bochechos com flúor em solução aquosa e limpeza da língua para remoção da placa bacteriana.

A diminuição da saliva propicia outros quadros clínicos associados, tais como cáries, halitose, problemas gengivais e ainda outras doenças bucais (como candidíase) e os cuidados acima citados são de extrema importância para o controle do paciente.
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