Cientistas da University of Texas Health Science Center em San Antonio desenvolveram um novo processo científico que poderá vir a fornecer alívio para milhões de pessoas que sofrem de boca seca ou xerostomia.

O processo consiste em usar fibras de seda como armação para fazer crescer as células salivares. 
Segundo os pesquisadores, este sistema único de cultura tem grande potencial para futuras pesquisas e nova terapêutica baseada na célula. 
Células troncos de glândulas salivares são das mais difíceis de crescer em cultura e manter sua função. Neste processo as fibras da seda são purificadas pela remoção de uma série de contaminantes. 
A seda é uma boa escolha para uma armação para as células-tronco, uma vez que é natural, biodegradável, flexível e porosa, proporcionando as células em desenvolvimento fácil acesso ao oxigênio e nutrição, além disso, não causa inflamação.
Até agora não existe um tratamento para a baixa produção ou não funcionamento das glândulas salivares, e por outro lado as glândulas têm pouca capacidade regenerativa. Este sistema de cultura, que está a ser submetido para aprovação de patente, é um importante processo de engenharia de tecidos de glândulas de células salivares e será provavelmente benéfica no futuro para milhões de pessoas que sofrem de xerostomia. 
Só nos Estados Unidos, existem cerca de 4 milhões de pessoas afetadas pela baixa produção de saliva causada pelo síndrome de Sjögren, na qual o organismo ataca seus próprios dutos e glândulas salivares. Este um problema afeta também milhares de pacientes que sofreram tratamento radiológico para câncer da cabeça e pescoço.
Os investigadores esperam que este novo processo possa vir a garantir que, na próxima década as células troncos possam ser transfundidas em glândulas salivares humanas conturbadas para reparação do tecido ou utilizadas como tecido artificial de glândula salivar para substituir glândulas danificadas.