Vários estudos epidemiológicos e ensaios clínicos recentes têm vindo a demonstrar a implicação da doença periodontal como fator de risco nas doenças cardiovasculares. Desta feita, uma nova investigação do Forsyth Institute está a tentar compreender melhor esta relação e sob outra perspectiva.
A amostra do estudo foi composta por 39 coelhos (25 com doença periodontal induzida por Porphyromonas gengivalis e 14 no grupo controlo) e o objetivo passava por determinar o efeito na inflamação vascular da aplicação tópica da molécula Resolvin E1 na cavidade oral. Os resultados demonstraram uma diminuição significativa (P <0,05) da aterogénese, prevenindo-se igualmente a doença periodontal no grupo experimental. Também no grupo sem doença periodontal (quando comparada com um grupo que não realizou qualquer tratamento), a aplicação oral de RvE1 reduziu significativamente (P <0,0001) as placas de ateroma, o ratio entre a camada íntima e a camada média, a infiltração de células inflamatórias e os níveis sistémicos de proteína C reativa. "A nossa pesquisa sublinha a ligação real entre saúde oral e doenças cardíacas", referiu Hatice Hasturk, investigador principal e diretor do Forsyth Center for Clinical and Translational Research. “O público em geral entende a ligação entre a saúde do coração e o bem-estar geral e toma as medidas apropriadas para prevenir doenças cardíacas. No entanto, é necessário mais educação para compreender também a relação destas condições agravadas de saúde com a saúde oral”. Sobre o Forsyth Institute Fundado em 1910, o Instituto Forsyth é uma organização norte-americana de investigação dedicada a compreender a relação entre saúde oral e bem-estar geral. O Forsyth Institute é uma organização não-lucrativa empenhada em tratar as populações carentes em comunidades locais e à escala nacional e global. |