Ao investigar casos de mortes diretamente ligadas a essa doença neurodegenerativa, cientistas do Centro Médico da Universidade Rush, nos Estados Unidos, concluíram que o número de óbitos causados por ela é equivalente ao de males como tumores e problemas cardiovasculares — considerados os dois distúrbios que mais tiram a vida de pacientes.
Os especialistas acompanharam 2 566 voluntários com mais de 65 anos de idade e os submeteram a exames anuais para detectar demência. Após oito anos, 1 090 participantes faleceram, e as autópsias confirmaram 90% dos casos de Alzheimer diagnosticados quando os voluntários estavam vivos. Segundo os líderes do levantamento, mais de um terço dos indivíduos com idade acima de 75 anos morre devido a essa condição em que a memória e outras funções cognitivas, aos poucos, caem no esquecimento.
Os pesquisadores estimam que o número de mortes decorrentes do Alzheimer nos Estados Unidos seja seis vezes maior do que aquele reportado pelos órgãos públicos — indício de que muitos casos não são registrados oficialmente. Para eles, saber os verdadeiros efeitos dessa doença é fundamental para alertar a população e identificar questões urgentes de saúde pública. |