Uma nova investigação conduzida pelo Dra. Sophie Huang, professora assistente no departamento de radiação oncológica, Princess Margaret Câncer Centre, da Universidade de Toronto, Canadá, revelou que o câncer de garganta, provocado pelo vírus do papiloma humano (HPV) tem possibilidades de cura.
A pesquisa é muito importante porque é a primeira a fornecer evidências para provar que os pacientes que sofrem de câncer orofaríngeo podem ser curados. A doença também se espalha para outras partes do corpo. O comunicado divulgado pela equipe divulgou que os tumores na maioria dos casos se mantêm passivos e passam despercebidos por mais de dois anos, o que os torna incurável. A pesquisa foi apresentada na 5ª Conferência Internacional sobre abordagens inovadoras em oncologia de cabeça e pescoço (ICHNO), na Conferência foi confirmado pela primeira vez que é possível curar pacientes com câncer orofaríngeo. Na pesquisa, foram estudados 934 pacientes sofrendo de HPV e com câncer orofaríngeo. Todos os pacientes deste estudo foram tratados no Princess Margaret Câncer Centre, entre 2000 e 2011. Os investigadores encontraram dois tipos de distintas metástases em outras partes do corpo, longe da origem, nos pacientes com: "metástases explosivas" e "metástases indolentes”. As explosivas crescem e espalham-se rapidamente, enquanto as “indolentes” o processo é mais lento e manifesta-se como oligometastases. Concluísse também que o pulmão é o local mais comum de metástase em pacientes com HPV + e HPV –. De acordo com o Dra. Huang, tratamentos mais agressivos exclusivamente destinados a controle da doença resultaram num longo período sem doença, sugerindo que alguns podem ser curados. No grupo com HPV+, com oligometastases, 25% ainda estavam vivos ao fim de três anos, sendo que a porcentagem no grupo HPV-, para o mesmo período foi de 15%. A razão para maiores taxas de sobrevivência entre os pacientes com HPV+, é serem mais jovem. Além disso, o câncer é mais sensível à radioterapia e quimioterapia. Os que recebem tratamento estão em vantagem e podem sobreviver mais tempo do que aqueles que não se submeter ao processo. O rastreio precoce das metástases e tratamento agressivo pode curar o paciente. O Professor Jean Bourhis, copresidente do Comité científico do 5th International Conference on Innovative Approaches in Head and Neck Oncology (ICHNO), diz que esta é uma pesquisa muito importante no que diz respeito a encontrar a cura do câncer de orofaringe. Segundo ele estas investigações fornecem esperança no tratamento e no diagnóstico. |