Autor Victor Hugo Cardoso - 10/03/2015
TÍTULO TABAGISMO: UM PERIGO PARA A SAÚDE BUCAL

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Segundo a OMS, mais de 8 milhões de pessoas vão morrer de ataque cardíaco e das demais doenças relacionadas ao tabaco, como derrame, câncer e doenças pulmonares. Isso não inclui as mais de 600 mil pessoas, mais que um quarto delas crianças, que vão morrer devido à exposição ao tabaco, como fumantes passivos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 2030 mais de oito milhões de pessoas podem morrer em consequência do fumo. A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como doenças gastrointestinais, câncer, doenças pulmonares, entre outras. Em vista disso, no próximo dia 29, várias ações nos Estados alertam a população sobre os males que o cigarro traz, quando celebram o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

O tabagismo é a principal causa de morte evitável e mata mais de 200 mil pessoas no Brasil por ano. O engajamento da Odontologia no combate ao tabagismo pode salvar vidas não só por causa da já comprovada relação entre a saúde bucal e a saúde integral do organismo, mas também porque o cirurgião-dentista tem condições de detectar precocemente casos de câncer bucal, que tem como principal fator de risco o tabagismo.

A denominação câncer bucal abrange as neoplasias malignas de cavidade oral mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua, assoalho da boca e de lábio. É mais frequente em pessoas brancas e tem maior incidência no lábio inferior que no superior. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas, e os riscos aumentam quando o fumante é também alcoólatra. Os principais fatores de risco são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.

O cirurgião-dentista exerce um papel primordial na prevenção do câncer de boca, principalmente quando atua nos níveis de prevenção primária e secundária, ao propor ações que facilitem o reconhecimento dos indivíduos pertencentes ao grupo de risco e ao realizar práticas que busquem diagnosticar precocemente as lesões suspeitas. Além disso, é fundamental no aconselhamento do paciente para evitar o cigarro.
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