Autor Victor Hugo Cardoso - 10/03/2015
TÍTULO USO DO MIDAZOLAM NA ODONTOLOGIA

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Dentre as várias alternativas para lidar com a ansiedade associada ao tratamento odontológico de muitos pacientes, a opção farmacológica pelo Midazolam, um benzodiazepínico com perfil farmacocinético, meia vida curta e potência ansiolítica apropriada, faz essa molécula agregar propriedades bastante interessantes na clínica odontológica, além da segurança necessária para utilização por profissionais treinados.

O Midazolam foi sintetizado em 1975 e inicialmente empregado como hipnótico (indução do sono fisiológico). Passou a ser usado na sedação pré-cirúrgica ou previamente a procedimentos diagnósticos curtos, como a broncoscopia, gastroscopia, cateterismo cardíaco, etc., como também na indução de anestesia geral

POSOLOGIA
As posologias usuais utilizadas para sedação consciente*, em Odontologia, por via oral, são as seguintes:

Adultos: 7,5 a 15 mg

Idosos: 7,5 mg

Crianças: 0,25 a 0,5 mg/kg

Os autores concluíram que a dose de 0,25 mg/Kg produziu sedação e ansiólise adequada com mínimos efeitos sobre a respiração e saturação de oxigênio.

Quando administrado por via oral, o Midazolam é rapidamente absorvido, atingindo sua concentração máxima após 30 minutos, com uma duração de efeito de aproximadamente 2 a 4 horas.

O Midazolam, na forma de medicamento para uso oral, é encontrado no mercado em apresentações com comprimidos de 7,5 ou 15 mg ou ainda solução oral com 2mg/ml.

REAÇÕES ADVERSAS
O Midazolam por via oral é bem tolerado, embora não desprovido de reações adversas. Quando as vias de administração utilizadas foram a endovenosa ou intramuscular, observou-se as reações mais importantes na literatura, como a depressão respiratória, por exemplo.

PRECAUÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES:
O Midazolam não deve ser administrado em pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos.
Além disso, não deve ser usado no primeiro trimestre de gestação, a não ser que seja considerado absolutamente necessário; os benzodiazepínicos devem ser manejados com cuidado em idosos, hepatopatas, lactantes, portadores de miastenia gravis e asma. Ao fazer uso destes fármacos não se deve conduzir automóveis nem manejar máquinas perigosas, nem associar álcool ou outros depressores do sistema nervoso central.

CONCLUSÃO
A sedação consciente representa mais um recurso para o conforto do paciente e profissional, o que se traduz em sucesso e eficiência nos atos terapêuticos. A utilização da sedação em larga escala é uma realidade em países onde a formação do profissional de Odontologia possui uma ampla base médico-hospitalar com treinamento e recursos que dão suporte à utilização de drogas depressoras do sistema nervoso central.
O Midazolam é a droga de escolha para a sedação consciente* de pacientes adultos e pediátricos, na maioria dos procedimentos odontológicos, principalmente em casos de urgência, por possuir rápido início de ação fornecendo segurança e eficácia para sua utilização nos casos corretamente indicados.

* Sedação consciente: estado controlado de diminuição da consciência que permite a manutenção de reflexos protetores, como deglutição e tosse, e mantém as vias aéreas independentes e contínuas, permitindo a resposta apropriada aos estímulos físicos e verbais e, por isso, o paciente é facilmente despertado.

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